Não há nada mais lindo do que o coração de uma criança, cheia de sonhos, desejos de crescer, conquistar o proibido, amar, perdoar, e saber perdoar. Assim, também é o coração de um homem quando ama, ele se torna criança, sonha como criança, deseja ansiosamente como criança, tem suas quedas como criança, chora como criança, ama como criança. Ele sabe fazer que os seus dias de amor "sejam eternos enquanto dure", faz com que sua amada sonhe nas nuvens e caminhe entre flores!
Ah... as flores...
Ele calça os pés de sua amada com os sapatos da proteção, ele sabe que entre as belas as flores tem espinhos e cuidadosamente ele faz com que sua amada caminhe segura, sem que os espinhos machuquem sua vida. Ele sabe que diariamente, por incontáveis dias, meses e ano, o melhor é ofertar flores, porque no jardim da vida, ela é a sua Flor mais linda e preciosa. Ele sabe que ao seu redor, crescem as ervas daninhas da vida, e então, prefere cobrir de flores a sua Flor. E ele sabe, que com o passar do tempo, a sua Flor deixa de ser aquele botão lindo, formoso e escultural, que ela vai desabrochar, e um dia vai murchar e deixar de existir.
E então, ela se abre, amadurece, exala seu perfume, e com o passar do tempo, ela vai perdendo a sua cor, a sua beleza e vai murchando, carregando em si a marca de seus dias vividos e sobrevividos...
Ele, mesmo assim continua a ofertar-lhe flores, porque ela nunca saiu dali, ela sempre esteve ali, nos dias de sol e de chuva, tempestade, frio, calor ou sequidão, desde bela e formosa, ela foi o seu Jardim! Ele sabe que os espinhos da vida e seus dissabores são incontáveis, por isso, todos os dias ele oferece flores, que alegra o coração, perfuma a alma, e embeleza a vida!
Mas um dia, ele olha para a sua bela Flor, que mesmo depois de murcha e seca sua beleza continua ali, ela é a sua Flor. Mas ela então, cansada da longa estiada da vida despenca de seu galho, que dor...
O galho era seu braço, que sempre a carregou!
Nesse momento suas lágrimas banham pela última vez a sua amada Flor, num misto de amor e dor, acreditando como sempre, que sua bela Flor vai continuar, mesmo ausente de seu "galho" , seus braços, adubando a terra de seu amor.
Essa bela Flor que um dia em sua vida, entendeu que quando ele lhe trazia Flores, era apenas para lhe dizer:
- que em todos os dias, meses e anos, horas, minutos e segundo vividos juntos, ele prazerosamente lhe entregava seu coração!
E ela entendeu...
Autoria de Sônia Regina Martins
São Paulo, 26/02/2012
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